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O Cristianismo no Material Ra: Quem foi Jesus de Nazaré?

Por L.C. Dias

"Esta entidade se tornou ciente que não era uma entidade de si mesma, mas operava como um mensageiro do Uno Criador, quem esta entidade via como amor. Esta entidade estava ciente que este ciclo estava em sua última porção e falou com a intenção de que aqueles de sua consciência retornariam para a colheita."
Por Ra, um Humilde Mensageiro da Lei do Uno

Antes de explorar o tema, precisamos esclarecer uma questão polêmica, não para os cristãos, mas para os não cristãos, ou seja, a historicidade de Jesus: o homem Jesus de Nazaré realmente existiu? 

Vejamos a posição firmada por Bart D. Ehrman, especialista em Novo Testamento e História do Cristianismo Primitivo, professor de Estudos Religiosos na Universidade da Carolina do Norte: 

“...temos a certeza de que Jesus realmente existiu, um consenso entre praticamente todos os estudiosos da antiguidade, de textos bíblicos, clássicos e origens cristãs, não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo ocidental. Como eu, muitos desses acadêmicos não têm interesse pessoal no assunto, eu não sou cristão nem tenho o compromisso de defender uma causa ou agenda cristã. Sou agnóstico com inclinações ateístas, e minha vida e visão de mundo seriam basicamente as mesmas, quer Jesus existisse ou não. Minhas crenças não seriam muito diferentes. A resposta para à questão da existência histórica de Jesus não me deixará nem mais nem menos feliz, satisfeito, esperançoso, simpático, rico, famoso ou imortal. Como historiador, porém, dou importância a evidências, assim como ao passado. E, para alguém que valoriza tanto as evidências quanto ao passado, uma investigação imparcial da questão não deixa dúvidas: Jesus realmente existiu.“ 

Portanto, para um grande número de ateus, humanistas e até teóricos da conspiração, esta afirmação de Ehrman - “Jesus realmente existiu“ - pode causar espanto e até indignação. Mas concordo com Ehrman quando alerta que “as pessoas que negam abertamente esse fato o fazem não porque analisaram as evidências com o olhar desapaixonado de um historiador, mas porque essa negação está a serviço de alguma causa própria”. 

Mas a aceitação preliminar da existência de um Jesus histórico não impede que façamos o próximo questionamento, talvez, tão provocativo e polêmico para a fé cristã quanto o anterior: 

“Como um pregador itinerante e praticamente desconhecido, vindo de uma região rural remota e atrasada do Império Romano, um profeta judeu que anunciou a iminência do fim do mundo tal qual o conhecemos, que provocou a ira dos líderes religiosos e civis da Judéia e que foi consequentemente crucificado por revolta contra o Estado - como foi que apenas um século depois de sua morte, esse camponês passou a ser chamado de Deus? Como estavam dizendo que ele era um ser divino cuja existência precedia o mundo, que ele havia criado o universo e que era semelhante ao próprio Deus Todo-Poderoso? Como Jesus foi deificado e adorado como Senhor e Criador de tudo?“ 

Mas então, quem foi Jesus de Nazaré? 

Para as igrejas cristãs romanas, ortodoxas orientais, luteranas, anglicanas e reformadas, Jesus Cristo era e continua sendo uma única "pessoa", totalmente humana, mas também verdadeiramente divina: a Segunda Pessoa da Trindade. Esta doutrina emergiu de um longo e penoso processo de fomentação, debate, contestação - ou supressão - de controvérsias, nos concílios eclesiásticos do cristianismo nascente. 

Já os gnósticos cristãos dos primeiros séculos, considerados heréticos pela ortodoxia dominante, viam Jesus com olhos visionários. Para eles, ele era um ser transcendental um habitante de outra dimensão ou reino que temporariamente se viu na Terra. Para conhecer Jesus é preciso receber a gnose. Então suas palavras, seus atos, seu próprio ser serão revelados e inteiramente compreendidos. Para os gnósticos Jesus será para sempre o estrangeiro luminoso que nos lembra que também somos de um outro mundo, para o qual ele pode nos ajudar a retornar. 

Para a tradição esotérica tardia, diferenças são encontradas entre os ensinamentos de Rudolf Steiner e Max Heindel, por um lado, e os ensinamentos trans-himalaicos, por outro; Existem algumas diferenças entre os teosofistas e Alice Bailey. No entanto, todos concordam que Jesus e o Cristo tinham origens distintas e se separaram no tempo ou próximo da crucificação. Steiner e Heindel consideravam o Cristo como um espírito solar ou arcanjo. Os professores trans-himalaicos o consideravam como um membro da "onda de vida" humana, cuja divindade era expressa através de uma alta iniciação. Eles também afirmavam que ele realizou sua missão palestina através de um mandato do Logos Planetário ou Solar. 

No entanto, na doutrina dos espíritos, compilada por Kardec, popular em solo brasileiro, não é evidenciada uma distinção entre Jesus e Cristo, como verificamos entre os gnósticos primitivos e os esoteristas modernos, muito pelo contrário, a perfeita humanidade manifestada por Jesus sobressai, notoriamente, sobre a suposta divindade do Cristo. Mesmo assim, encontramos a seguinte exaltação da figura do Cristo na psicografia de Chico Xavier. No livro "A Caminho da Luz" o espírito Emmanuel declara:

"Jesus Cristo é um dos prepostos do Criador, que recebeu a missão de conduzir o nosso planeta. Antes mesmo de a Terra existir, Ele já havia alcançado a perfeição e juntamente com uma plêiade de espíritos afins, organizou o nosso sistema, os planetas e tudo o que aqui está." 

Além disso, deve ser lembrado que a autoria de Jesus Cristo é frequentemente atribuída à muitas mensagens “canalizadas”, algumas das quais se tornaram referências importantes na Nova Era. Basta mencionar o caso do livro de sucesso “Um Curso em Milagres”, canalizado por Helene Schucman, a obra de Virginia Essene, “Novos Ensinamentos para uma Humanidade Desperta”, também canalizado, ou mesmo Ken Carey; a Cristo também é atribuída algumas mensagens canalizadas por Louis Claude Genel; menção especial para os ensinamentos de Jeshua, canalizados por Pamela Kribbe, como também, para as As Cartas de Cristo. 

Entretanto, no Material Ra, o nome Jesus é citado umas poucas vezes e não está associado ao Cristo, lembrando que a série de livros da Lei do Uno abrange a transcrição de 2360 questões, tratadas em 106 sessões de canalização, durante um período de 3 anos e 3 meses, de 1981 a 1983. 

Qual o significado desses números? Como justificar tamanha escassez de informações sobre a personalidade mais debatida e influente da cultura ocidental dos últimos 2000 anos? O Material Ra seria um ensinamento anticristão? 

Na verdade, não encontramos no Material Ra nenhuma ênfase ou tratamento especial a qualquer sistema de pensamento humano conhecido, seja filosófico, científico ou religioso, apesar de Ra deixar bem claro que: “Nós esperamos oferecer a vocês um tipo de direcionamento diferente sobre a informação que é sempre a mesma e sempre será". Isso parece indicar uma preocupação dos comunicantes em dissociar a sua mensagem sobre a Lei do Uno de qualquer tradição religiosa em particular, inclusive o cristianismo. 

Porém, vamos encontrar no Material Ra profundos esclarecimentos sobre a origem da religião cristã, sua função na história oculta planetária, como também, da pessoa conhecida pela tradição como Jesus de Nazaré. 

Primeiramente, vejamos o que Ra fala sobre a identidade e missão de Jesus: 

"Aquele conhecido por vocês como Jesus de Nazaré não tinha um nome. Esta entidade era um membro da quinta densidade do mais alto nível daquele sub-octavo [corrigido como quarta densidade na próxima questão]. Esta entidade desejava entrar nesta esfera planetária a fim de compartilhar a vibração do amor de forma tão pura quanto possível. Então, esta entidade recebeu permissão para realizar esta missão. Esta entidade foi, então, um Andarilho sem nome, de origens da Confederação, de quinta densidade, representando o entendimento da quinta densidade da vibração do entendimento, ou amor." (17.11) 

"Eu cometi um erro. O ser de quarta densidade é o que queríamos dizer, o nível mais alto da quarta densidade, indo em direção à quinta. Esta entidade poderia ter ido à quinta, mas escolheu, em vez disso, retornar à terceira para esta missão em particular. Esta entidade era do sub-oitavo mais alto da vibração do amor. Esta é quarta densidade." (17.12) 

No Material Ra, andarilho (wanderer) é um termo usado para designar entidades da quarta, quinta e sexta densidades que respondem a um chamado de tristeza ou sofrimento, encarnando em um ambiente de terceira densidade com o intuito de servir aos outros irradiando amor. Ao realizar este serviço, o andarilho torna-se completamente uma criatura da terceira densidade e, portanto, sujeito ao esquecimento, que só pode ser penetrado com a meditação e trabalho disciplinados. 

Neste ponto, constatamos uma grande discordância em relação à teologia das igrejas cristãs, como também, frente a maioria das cristologias alternativas, incluindo as de orientação gnóstica e esotérica - exceção feita à Teosofia de Helena Blavatsky - sem deixar de fora o Jesus dos espíritas. 

No entanto, esta informação está de acordo com muitas canalizações recentes atribuídas ao próprio Jesus, como por exemplo, Pamela Kribbe (Jeshua) e as As Cartas de Cristo. Nestas canalizações existe uma preocupação constante por parte da entidade comunicante, supostamente o andarilho Jesus, em resgatar o verdadeiro significado da sua missão na Palestina há 2000 anos, desmitificar a sua real identidade e, principalmente, denunciar a deliberada distorção dos seus ensinamentos por parte das igrejas cristãs, que deram origem a um cristianismo corrompido. 

Então, qual teria sido a verdadeira missão desta entidade, de origem extraterrestre, pertencente ao sub-oitavo mais alto da vibração do amor da quarta densidade? O andarilho Jesus  retornará a Terra para completar a sua missão naquilo que é conhecido como a segunda vinda do Cristo? 

"Esta entidade se tornou ciente que não era uma entidade de si mesma, mas operava como um mensageiro do Uno Criador, quem esta entidade via como amor. Esta entidade estava ciente que este ciclo estava em sua última porção e falou com a intenção de que aqueles de sua consciência retornariam para a colheita. O complexo mente/corpo/espírito em particular, que vocês chamam de Jesus, como o que você chamaria de entidade, não retornará exceto como um membro da Confederação ocasionalmente falando através de um canal. Entretanto, existem outros, de idêntica congruência de consciência, que receberão aqueles na quarta densidade. Este é o significado do retorno." (17.22) 

Portanto, Jesus não seria a encarnação do Logos Solar, mas, mais apropriadamente, uma entidade do mais elevado grau da quarta densidade - a densidade do amor segundo o Material Ra - cuja a missão foi ensinar a Lei do Uno aos seres de terceira densidade da Terra, plenamente habilitado para ministrar as lições relacionadas com o Amor, servindo como um canal de fluição das energias cárdias do Criador Uno, com o objetivo de maximizar os resultados da iminente colheita planetária de quarta densidade.

Esta hipótese é compartilhada por Doug Esse no seu artigo "Christianity in the Law of One: The Jesus Event":

“O Criador Infinito precisava de um "ícone", uma pessoa real para ser o rosto do Logos e que fosse capaz de penetrar em nossa realidade de terceira densidade. O Logos Galáctico sabia que os humanos não se apaixonariam por uma ideia, doutrina ou alguma verdade esotérica inebriante. Isso poderia funcionar para algumas pessoas, mas a grande maioria de nós se apaixonaria mais por uma pessoa real.

Então, o Criador Infinito, conforme expresso pelo Logos Galáctico, “entendeu” que a colheita em direção à próxima densidade requer 51% de ativação do chakra do coração em cada pessoa. O chakra do coração é o quarto centro energético do corpo humano e, como tal, é um hólon dos chakras do próprio Logos. O chakra do coração da pessoa precisa ressoar a um certo nível limiar para estar sintonizado com a vibração mais alta exigida para a transição de quarta densidade. Então, o que o Logos Galáctico fez para abrir o coração das pessoas para que a colheita fosse a maior possível? Deus enviou a eles um arquétipo do Amor, Jesus de Nazaré.

Em outras palavras, Jesus, como um andarilho extremamente positivo, percebeu de alguma forma, durante a parte pré-ministério de sua vida, que sua vocação era ser um arquétipo vivo da vibração de sua densidade de origem. Após a sua vida na Terra, ele foi colhido para a quinta densidade, o que significava que ele havia dominado as lições da quarta. Quem melhor para ingressar no mundo da terceira densidade do que um ser que personificava perfeitamente a frequência energética do amor? Quem melhor para animar o chakra energético do amor dos seres da terceira densidade do que uma personificação perfeita dessa mesma energia amorosa?”


Além disso, a missão de Jesus, como canal de fruição do amor do Criador Uno, também poderia ser interpretada como uma forma de mitigar os riscos de um possível fracasso no processo planetário de ascensão, conforme registrado nas últimas colheitas de quarta densidade ocorridas no sistema solar, em Maldek, há aproximadamente 500.000 anos, e mais recentemente, em Marte, 75.000 anos atrás, sendo que a maioria das entidades desses planetas foram emigradas para a Terra, portanto, fazendo parte do atual contingente de entidades colhíveis, o que aumentaria, consideravelmente, o risco de um novo insucesso para a Confederação.

Neste contexto, vale salientar que esta será a última colheita de terceira densidade do sistema solar, pois a nossa estrela e seus planetas estão ingressando, desde 2012, em uma região da galáxia cuja a vibração é de quarta densidade. Portanto, estamos vivenciando um evento singular em escala planetária, solar e galáctica.

No entanto, qual seria a explicação para o porquê de o Material Ra não adotar a designação "Cristo" para se referir ao andarilho e missionário Jesus?

Acredito que uma resposta plausível seria evitar uma terminologia já desgastada, resultado de uma construção teórica fundamentada na corrompida teologia cristã, usada, por milênios, como ferramenta ideológica de manipulação das massas.

Da mesma forma, não podemos esquecer que a titulação Cristo, deturpada pelos concílios eclesiásticos no início da era comum, visava divinizar Jesus como estratégia para vincular esta entidade aos mitos solares que eram adorados pelos povos submetidos ao domínio romano da época e, desta forma, substituir as diversas crenças religiosas do império pela padronização do culto à uma única divindade solar chamada Cristo e, consequentemente, conquistar uma coesão política através de uma fé comum.

Pelo exposto, fica evidenciado que as revelações trazidas pelo Material Ra não têm o propósito de subestimar o importante papel desempenhado por Jesus de Nazaré na história planetária. Muito pelo contrário, estas informações podem resgatar a real importância da sua missão para este momento final da transição planetária.

Vejamos agora o que Ra revelou sobre a interferência do Grupo Órion - como são nomeadas no Material Ra as Forças Adversas que atuam na Terra há milênios - na missão de Jesus de Nazaré: 

"Nós podemos descrever, em geral, o que ocorreu. A técnica foi aquela de construir sobre outras informações negativamente orientadas. Esta informação foi dada por aquele que suas pessoas chamavam de “Yahweh”. Esta informação envolveu muitas restrições sobre o comportamento e prometeu poder da terceira densidade de natureza de serviço orientada a si. Estes dois tipos de distorções foram impressos naqueles já orientados a pensar estas formas-pensamento. Isto, eventualmente, levaria a muitos desafios para a entidade conhecida como Jesus. Eventualmente, levou a um complexo de som vibratório “Judas”, como você chama esta entidade, que acreditava que estava fazendo a coisa apropriada ao trazer sobre ou forçar sobre aquele chamado Jesus, a necessidade de trazer, na distorção de poder de terceira densidade planetária, o domínio de terceira densidade sobre outrem. Esta entidade, Judas, sentia que, se encurralado, a entidade que vocês chamam de Jesus seria, então, capaz de perceber a sabedoria de usar o poder da infinidade inteligente a fim de dominar outrem. Aquele, que vocês chamam de Judas, estava enganado nesta estimação da reação da entidade Jesus, cujo ensinar/aprendendo não era orientado na direção desta distorção. Isto resultou na destruição do complexo do corpo daquele conhecido como Jesus por vocês." (17.17) 

Para buscar uma explicação coerente para este cenário de matiz conspiratória, precisamos compreender o papel desempenhado pela entidade chamada Yahweh na história humana nos últimos 75000 anos. Neste sentido, remeto o leitor para a seguinte postagem:
Partindo desta perspectiva oferecida pelo Material Ra, podemos inferir que da mesma forma que ocorreu uma intervenção perniciosa por parte do Grupo Orion no desenvolvimento da tradição judaica através da manipulação do povo hebreu, iniciada há 3600 anos, distorcendo os ensinamentos originais do "verdadeiro Yahweh", o da Confederação, pelas ideias veiculadas pelo "falso Yahweh", o de Órion, também houve uma deturpação dos ensinamentos originas legados por Jesus de Nazaré, ou seja, as duas grandes iniciativas da Confederação em prol da divulgação da Lei do Uno sofreram uma decisiva interferência do Grupo Orion, com profundas repercussões na formação da cultura ocidental e, consequentemente, no futuro do planeta e da humanidade terráquea. 

Portanto, não deveríamos subestimar a importância dessas revelações, pois o propósito maior do Contato Ra foi justamente resgatar o verdadeiro sentido da Lei do Uno – deturpada como foi pelo grupo Orion nos últimos 3600 anos – buscando atender a um chamado da humanidade como forma de preparação para o enfrentamento desses momentos finais da transição planetária, quando nos aproximamos da colheita de quarta densidade, conforme declarado na primeira sessão de canalização do Material Ra: 

“Nós somos antigos sobre o seu planeta e já servimos, com vários graus de sucesso, na transmissão da Lei do Uno, da Unidade, da Unicidade, a seus povos. Nós já andamos sobre sua Terra. Nós vimos as faces de seus povos. Isto não acontece com muitas das entidades da Confederação. Nós descobrimos que não é eficaz. Entretanto, nós então sentimos a grande responsabilidade de termos a capacidade de remoção das distorções e dos poderes que foram dados pela Lei do Uno. Nós continuaremos nisto até que seu, digamos, ciclo, tenha apropriadamente terminado. Se não esse, então o próximo. Nós não somos uma parte do tempo e, portanto, somos capazes de estar com vocês em qualquer dos seus tempos.” (1.1) 

Como exemplo destas distorções da Lei do Uno, vamos examinar com mais detalhes o termo hebraico Adonai. Na tradição judaica, Adonai significa literalmente "meus Senhores", sendo geralmente traduzido apenas como “Senhor”. Foi utilizado para substituir o tetragrama impronunciável YHVH, que corresponde ao nome de Deus. Já no começo da Era Comum, o nome divino IHVH passou a ser considerado sagrado demais para ser proferido pelos rabinos. Em seu lugar usavam Adonai ou Elohim para a leitura das escrituras em voz alta. O título foi usado pelos profetas hebreus, principalmente Ezequiel, para revelar que Jeová é Aquele que tem o poder e determinação para vingar o seu povo oprimido, mas também para punir sua infidelidade, mostrando, desta forma, uma deturpação deste termo sagrado ancestral, provavelmente, uma palavra de poder legada pelo “verdadeiro Yahweh”, quando esta entidade da Confederação iniciou sua missão na Terra há 75000 anos. 

Com esta perspectiva em mente, vamos buscar esclarecer o real significado da saudação final “Adonai”, adotada por Ra para o encerramento de cada uma das 106 sessões de canalização: 

“Eu sou Ra. Eu os deixo na glória e na paz do Criador Uno. Regozijem-se no amor e na luz, e sigam adiante no poder do Criador Uno. Em alegria, nós os deixamos. Adonai.” 

Para a tradição oculta, é uma palavra de poder que deve ser utilizada, somente, para o sublime contato com as forças superiores da criação. É um mantra sagrado que tem a capacidade de ativar, através do poder do verbo e das combinações dos sons das letras, as energias mais excelsas da alma. Algumas canalizações da Nova Era afirmam que o termo era utilizado pelos altos sacerdotes da Lemúria, Atlântida e Antigo Egito, para invocar as forças da Luz nos rituais de cura e iniciação. Também era utilizado como forma de saudação para demonstrar reverência pela Fonte Criadora Suprema ou pela essência divina que habita em nós. Em um sentido particular, mais mundano, é equivalente ao termo sânscrito Namastê, que literalmente significa “curvo-me diante de ti”, mas que geralmente é traduzido como “O Deus que habita o meu coração reverencia e reconhece o Deus que habita o seu coração”. 

Portanto, fica claro que a saudação final Adonai, utilizada por Ra, tem uma conotação totalmente distinta da utilizada pela tradição judaica, ou seja, não se destina à adoração ou submissão a qualquer divindade em particular, mas sim, uma reverência ao transcendente e inefável Infinito Criador Uno, um mantra de invocação do poder da Unidade. 

Podemos ratificar esta hipótese a partir das seguintes declarações de Ra sobre o Hebraico e o Sânscrito: 

“A exceção é que o som de algumas vogais do que vocês chamam de seu Hebraico e algumas do que vocês chamam de seu Sânscrito. Estes complexos de som vibratórios têm poder à frente do tempo e espaço e representam configurações de luz que construíram tudo que existe. (...) A correspondência em complexo vibratório é matemática. (...) No caso do Hebraico, aquela entidade conhecida como Yahweh auxiliou este conhecimento através da impressão sobre o material de código genético que se tornou linguagem, como vocês a chamam. No caso do Sânscrito, as vibrações de som são puras devido à falta do que vocês chamam de um alfabeto, ou nomeação de letras, prévio. Assim, os complexos de som vibratórios pareciam cair no lugar como se viessem do Logos. Esta era uma situação ou processo mais, digamos, natural ou sem auxílio.” (74.17-19) 

Porém, antes de ser precipitadamente acusado de propagar o antissemitismo ou vincular ideias dessa vertente ao Material Ra, gostaria de esclarecer que concordo com o posicionamento de Scott Mandelker quando afirma: 

"E o objetivo de tudo isso? Não necessariamente a dominação judaica do mundo, ao contrário de uma tendência comum da teoria da conspiração. O objetivo final é o estabelecimento de elites como grupos de marionetes de Orion em todo o mundo para ajudar a conquista espiritual da Terra ("para torná-los escravos deles para sempre"), independentemente de raça, credo ou etnia, sendo a "guerra santa" o princípio da dominação justa. A questão da subjugação humana (por outros humanos, patrocinada de cima) é muito mais profunda do que uma conspiração anti-judaica, embora, segundo a visão de Ra, os antigos hebreus representavam a principal via de entrada pela qual as incursões eram feitas no pensamento coletivo humano, mas, sem o conhecimento deles." 

Neste ponto, complementando o exposto acima sobre a sua missão, fico tentado a especular do porquê da entidade ET chamada Jesus ter nascido na Palestina como um judeu. Talvez para conscientizar o povo "escolhido" sobre a manipulação sob qual estavam sendo submetidos, através da inoculação do vírus ideológico de um "falso Yahweh"? Para alertar os judeus das deletérias consequências desta sinistra aliança com o Grupo Órion? Para desmascarar a elite sacerdotal jucaica que viabilizou este sinistro pacto coletivo com as forças adversas planetárias? 

Uma provável resposta pode ser encontrada na seguinte afirmação feita por Mandelker em seu estudo sobre os gnósticos: 

"A centralidade do Oriente Médio na história global (como o lugar primordial e talvez final da humanidade) não é um acidente, e provém de causas definidas e condições locais de grupos regionais.Talvez alguns dos antigos gnósticos soubessem quão importante era a sua parte particular do mundo para o destino humano - o umbigo do mundo, o eixo sobre o qual a jovem humanidade escolheria sua orientação cósmica." 

Especulações à parte, encerro esta breve exposição recorrendo, mais uma vez, a Mandelker, com o seu contundente diagnóstico sobre o desenrolar da história oculta planetária dos últimos milênios: 

"No entanto, o que certamente está claro para todos é que a guerra intergrupal se alastrou globalmente nos últimos 3.000 anos, e o Oriente Médio não é menos violento hoje do que em outra época. Dado o avanço da tecnologia, o Oriente Médio é, na verdade, mais violento hoje (um subproduto da chamada civilização ocidental), e agora é o principal ponto de proliferação da destruição em massa. Não tenho dúvidas de que as batalhas foram travadas por milênios para influenciar o pensamento e o comportamento humanos, com a mão oculta de grupos de ETs positivos e negativos trabalhando sobre a humanidade de acordo com seus próprios objetivos divergentes." 

Adonai!!! 









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