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O Sentido das Profecias: A Data Limite e o Material Ra

Por L.C. Dias

"O valor da profecia deve ser entendido como sendo apenas aquele de expressão de possibilidades. (...) Cada um que profetiza, o faz a partir de um nível, posição, ou configuração vibracional única. Assim, tendências e distorções acompanharão muitas profecias."
Por Ra, um Humilde Mensageiro da Lei do Uno

A medida que se aproxima mais uma data limite profetizada, indicando a iminência de um evento global que provocará profundas transformações para a vida humana neste planeta, acredito que seja oportuno avaliar o assunto à luz do Material Ra.

Existe um termo usado no Material Ra para descrever o resultado de possíveis experiências de cenários futuros: Vórtice de Probabilidades.

Alguns vórtices ou possibilidades podem ser mais fortes do que outros, tendo uma maior probabilidade de se desdobrar com base nas escolhas de livre arbítrio das entidades envolvidas e nos padrões de energia existentes no momento. Qualquer possibilidade complexa provavelmente tem uma existência devido à infinitas oportunidades.

Neste sentido, a profecia pode ser considerada uma visão de vários vórtices de probabilidade, com os vórtices mais fortes sendo mais facilmente perceptíveis. Portanto, o valor da profecia deve ser considerado apenas como o de expressar possibilidades.

Vejamos o que consta no Material Ra sobre o assunto:

"O valor da profecia deve ser entendido como sendo apenas aquele de expressão de possibilidades. Além disso, deve ser, em nossa humilde opinião, cuidadosamente tomado para consideração que qualquer visualização de tempo/espaço, seja ela feita por alguém de seu tempo/espaço ou por alguém tal como nós que vemos o tempo/espaço a partir de uma dimensão, digamos, exterior a ele, terá uma tarefa bem difícil ao expressar os valores de medida de tempo. Assim, profecias dadas em termos específicos são mais interessantes pelo conteúdo ou tipo de possibilidade prevista do que pela ligação espaço/tempo de sua suposta ocorrência. (...) Cada um que profetiza, o faz a partir de um nível, posição, ou configuração vibracional única. Assim, tendências e distorções acompanharão muitas profecias." (65.9-10)

Entretanto, é importante salientar que em relação a uma data-limite supostamente profetizada por Chico Xavier, não existe consenso dentro do movimento espírita, pois se trata de informação controversa de origem duvidosa.

No entanto, para os espíritas, como também para outros movimentos espiritualistas, estamos enfrentando uma mudança de ciclo evolutivo que é conhecido, na Doutrina Espírita, como a Grande Transição da Terra.

Vejamos o que nos fala o Espiritismo sobre este momento crítico de transição, nesta passagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, em 2006:

"A turbulência vence a paz, o conflito domina o amor, a luta desigual substitui a fraternidade... Mas essas ocorrências são apenas o começo da grande transição.

A grande transição prossegue, e porque se faz necessária, a única alternativa é examinar-lhe a maneira de como se apresenta e cooperar para que as sombras que se adensam no mundo sejam diminuídas pelo Sol da imortalidade. Nenhum receio deve ser cultivado, porque, mesmo que ocorra a morte, esse fenômeno natural é veículo da vida que se manifestará em outra dimensão.

Logo passado o período de aflição, chegará o da harmonia. Até lá, que todos os investimentos sejam de bondade e de ternura, de abnegação e de irrestrita confiança em Deus.”

Neste aspecto, encontramos na Doutrina Espírita muitas revelações que vão de encontro ao material canalizado no Contato Ra, como por exemplo: a ascensão planetária para a quarta densidade ou planeta de regeneração; a graduação evolutiva de uma parcela da humanidade que habitará a Nova Terra transfigurada e o exílio ou emigração da maioria dos terráqueos que não atingiram o nível de consciência de quarta densidade para outras paragens siderais de terceira densidade, onde repetirão as lições não aprendidas na escola Terra.

Portanto, da mesma forma que o Material Ra, a revelação espírita, junto com seus médiuns mais reconhecidos, não profetizam datas ou eventos, mas sim, indicam tendências ou probabilidades de ocorrências futuras, sempre respeitando o livre arbítrio das criaturas e real propósito evolutivo dessas previsões.

Na minha opinião, entidades de alta estirpe espiritual ou de densidades superiores, munidas como estão do mais alto grau de sabedoria e compaixão, nunca profetizam datas nem eventos miraculosos ou catastróficos, pois respeitam o livre arbítrio individual e coletivo, entretanto, indicam tendências, pois a onisciência é um atributo exclusivo, suponho, do Criador.

Então, pergunto: qual o significado de tantas teorias, mensagens, notícias e profecias conflitantes? Quais benefícios poderiam trazer? Esclarecimento, conscientização, despertar, libertação ou somente pânico, confusão, distração, tristeza, angústia, alienação, desilusão e passividade?

Frente a essa diversidade de revelações contraditórias, deveríamos estar bem cientes do incrível poder devastador de uma profecia não cumprida para aqueles de boa-fé que depositam toda a sua confiança em determinada autoridade externa ou fonte da revelação profética. Uma meia verdade é mais perturbadora que uma grande mentira.

O que poderia significar o surgimento de tamanho volume de profecias, canalizações e revelações das mais díspares fontes? Será que estamos, como espécie, tão desiludidos e sem esperança que preferimos acreditar num final de mundo promovido por forças ocultas malignas, para então chegarmos ao fim das nossas tormentosas e sofridas vidas; livres da violência, da insanidade, da injustiça e da insegurança generalizadas?

Ou nos consideramos vítimas inocentes e passivas dessas mesmas forças adversas e esperamos ser presenteados, pela providência divina, sem o menor esforço e comprometimento, com uma Nova Terra totalmente expurgada e livre dos males que nós próprios ajudamos a criar? Como podemos ansiar pelo paraíso exterior, quando ainda não conquistamos a paz interior?

Acredito que, na maioria dos casos, estas comunicações visam dificultar, ou simplesmente adiar, um despertar coletivo sem precedentes, para nos distrair do trabalho essencial que nos cabe nesse momento final de transição planetária, ou seja, a urgência da transmutação interior e do serviço aos outros.

Neste sentido, encerro esta breve exposição, citando, mais uma vez, as sábias palavras ministradas pela mentora espiritual de Divaldo Franco, Joanna de Ângelis:

“A melhor maneira, portanto, de compartilhar conscientemente da grande transição é através da consciência de responsabilidade pessoal, realizando as mudanças íntimas que se tornem próprias para a harmonia do conjunto.

Nenhuma conquista exterior será lograda se não proceder das paisagens íntimas, nas quais estão instalados os hábitos. Esses, de natureza perniciosa, devem ser substituídos por aqueles que são saudáveis, portanto, propiciatórios de bem-estar e de harmonia emocional.

Na mente está a chave para que seja operada a grande mudança. Quando se tem domínio sobre ela, os pensamentos podem ser canalizados em sentido edificante, dando lugar a palavras corretas e a atos dignos.

O indivíduo, que se renova moralmente, contribui de forma segura para as alterações que se vêm operando no planeta.

Não é necessário que o turbilhão dos sofrimentos gerais o sensibilize, a fim de que possa contribuir eficazmente com os espíritos que operam em favor da grande transição.

Dispondo das ferramentas morais do enobrecimento, torna-se cooperador eficiente, em razão de trabalhar junto ao seu próximo pela mudança de convicção em torno dos objetivos existenciais, ao tempo em que se transforma num exemplo de alegria e de felicidade para todos.”


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