Por L/L Research
Quando a experiência de terceira densidade de uma entidade termina, a alma destila a essência dessa experiência e nada de valor se perde. No entanto, pergunto se a personalidade tem algum valor para a alma. Acho a ideia da personalidade perdida desconfortável. Entendo que minha alma vai prevalecer, mas e quanto a mim? Quero dizer o 'eu' com o qual me identifico agora. Se minha personalidade está perdida, não é o mesmo que deixar de existir? Além disso, a identidade da minha alma também não se perde quando se junta a um complexo de memória social? E a identidade do complexo de memória social não se perde quando se funde novamente com o Criador?
É nosso entendimento que cada um de vocês faz parte de um fluxo da alma. Você, como um fluxo da alma, pode ser considerado como existindo no centro de um campo multidimensional e atemporal, no qual residem todas as encarnações que você experimentou como indivíduo na terceira, quarta, quinta, sexta ou sétima densidades.
O fruto, a colheita, de sua encarnação é colhido, feliz e amorosamente, pelo fluxo da alma e pelo Criador, quando você experimenta a vida dentro de uma encarnação e, principalmente, ao deixar a encarnação e passar pelo processo de cura durante a revisão da encarnação após sua morte física e antes de escolher sua próxima encarnação. (...)
Dito isto, o que você experimenta como sua personalidade é na verdade um tipo de concha. É um tipo de roupa, máscara ou fantasia. Mas não é um truque. Pois, embora seja uma ilusão, todas as coisas são ilusórias de uma maneira ou de outra.
A sua personalidade é real enquanto você a vivencia através da experiência 3D. No entanto, o que você experimenta como sua casca de personalidade ou, como alguns podem dizer, o ego, não é o todo de si mesmo e nunca teve a intenção de ser uma representação verdadeira do fluxo de sua alma.
Entretanto, do ponto de vista de uma encarnação, a personalidade é muito importante. É sua escolha selecionada de seus talentos, limitações e os relacionamentos que você precisa, tudo projetado para funcionar bem, para colocá-lo no fogo catalisador da existência 3D. (...)
Quando você passa pela porta de entrada para uma vida maior, você, como um fluxo da alma, se torna consciente novamente de todo esse fluxo. Sua consciência se abre e se expande e, como resultado natural disso, a concha da personalidade desaparece.
O mais próximo que as entidades podem saber quem elas eram, na concha de sua personalidade, tem relação com a memória das pessoas, é por serem conhecidas como autor, atriz ou artista, por quem admirou o seu trabalho ou por deixar para trás seus filhos, que se lembram de você exatamente como sua concha de personalidade era refletida para eles.
É, na maioria dos casos, um período bastante limitado durante o qual você, como personalidade, permanece conhecido e lembrado, e temos certeza de que essa não é uma resposta satisfatória à sua pergunta.
Mesmo para aquelas entidades que prestam serviço aos outros, o resultado líquido de uma vida longa é que há uma quantidade crescente de memória que se torna polida e dourada e pode ser preservada, e muitas dessas histórias você costuma a contar a si mesmo.
E assim você perpetua o sentimento da realidade dessa casca de personalidade. No entanto, com o tempo, mesmo um Shakespeare é menos lembrado e cada um de vocês desaparecerá no registro Akashico do seu planeta e nas memórias do fluxo da sua alma.
Então, para que serve tudo isso se essa personalidade vital, vibrante e complexa que você é eventualmente vai desaparecer?
Garantimos que, para os propósitos desta encarnação, essa máscara é necessária e vital. Você precisava ter uma concha de personalidade para poder testemunhar aquilo que experimenta e descobrir o que deseja fazer com a encarnação, dia após dia.
É vital, se o trabalho deve ser realizado dentro de uma encarnação, buscar melhorar o equilíbrio do fluxo da alma, para que objetivos sejam definidos e o foco seja mais agudo e aguçado.
A cada dia é possível definir sua intenção para o dia. E cada vez que você faz isso, você se torna mais presente consigo mesmo e usa melhor o seu tempo de encarnação.
É como se você tivesse um trabalho a fazer e desse tudo o que precisa para fazer esse trabalho. O fato de ser, em certo nível, uma ilusão não é relevante para o trabalho.
Este trabalho foi planejado para ser realizado dentro do véu. Você não deveria saber o verdadeiro valor ou significado daquilo que lhe ocorre. Sua responsabilidade, digamos, é escolher como você responderá àquilo que o momento lhe oferecer.
E não é de se esperar que você, de alguma forma, perfure o véu e se torne plenamente consciente de uma parte mais real de si mesmo, logicamente e de maneira linear, escolhendo a coisa certa a fazer.
Muito pelo contrário, meus amigos, sua área de trabalho é aumentar sua fé e fortalecer sua capacidade, como disse Kierkegaard, de dar um salto no espaço da fé. Quando você está vivendo com fé, você tem uma consciência avassaladora de que tudo está bem.
E assim você pode habitar, mesmo em meio a circunstâncias aparentemente muito limitadoras ou desafiadoras, em alegria e gratidão. Esta é a sua área de trabalho, jogar-se no espaço, confiar no conhecimento de que tudo está bem, especialmente quando parece que tudo não está.
De fato, em piores condições, é mais importante que você descanse, encontre paz em seu coração e permita que uma presença tranquilizadora flua através de você e ajude aqueles que estão perdendo o seu coração.
Essas coisas não são feitas por razões óbvias. Essas coisas são o produto de uma vida vivida na fé. É uma discussão em si mesma sobre a interação entre a casca da personalidade e uma vida vivida na fé.
À medida que você continua vivendo uma vida de fé, encontrará coisas que se afastam de você e que pensava que eram absolutamente parte de sua personalidade.
Isso não significa que você deixa de ter uma personalidade. Isso significa que as peculiaridades e idiossincrasias da personalidade que não são mais necessárias para você desaparecerão por conta própria quando forem realmente desnecessárias.
Isso não precisa ser perturbador para alguém, pois haverá mudanças na personalidade à medida que o espírito no interior amadurece. Mas seria tolice até mesmo para a alma mais madura presumir que não há mais necessidade de uma casca de personalidade ou um ego, pois essa roupa para o eu é necessária como parte da ilusão da Terra, parte da ilusão de viver na terceira densidade.
Você descobrirá, cada vez mais, ao procurar o silêncio com as mãos vazias e a mente limpa, que existe algo dentro de você muito mais profundo do que a personalidade e muito mais atraente que começa a crescer dentro de si mesmo.
Passaremos agora para a questão de saber se uma entidade ainda é essa entidade quando se une a um complexo de memória social e a resposta para isso, meus amigos, é decididamente afirmativa.
Talvez você nunca tenha experimentado em sua vida o que é ser plenamente conhecido, aceito e amado. Mas você deve saber essas coisas quando entrar nos portões da vida maior. Mesmo entre encarnações, você deve experimentar isso.
E quando você estiver pronto para viver como um complexo de memória social de quarta densidade como parte de sua escolha após esta encarnação e após sua graduação, verá que a atmosfera em que você existe é muito diferente do que você imaginaria.
Para o ego ou a casca da personalidade, parece uma intrusão para as pessoas conhecerem seus pensamentos. No entanto, você verá que é um grande alívio. Para o seu ego, existem alguns pensamentos que são bons e outros não, e você não gostaria que as pessoas soubessem dos seus pensamentos secretos.
E, no entanto, como todas as entidades os possuem, eles não são uma surpresa para ninguém na quarta densidade ou acima. Eles fazem parte de um ser integrado que contém todas as coisas que existem. Se você é um com tudo o que existe, não contém todas as coisas?
Consequentemente, não é um choque para você, no contexto de um complexo de memória social de quarta densidade, que as entidades que compõem o complexo tenham, cada uma delas, uma panóplia completa de pensamentos, tanto positivos quanto negativos.
É que, quando alguém não está sob o véu do esquecimento, como você está na terceira densidade, é muito fácil ver quais pensamentos estão surgindo e como a personalidade, em um sentido mais amplo, é moldada.
Consequentemente, a individualidade é mais forte quando alguém faz parte de um complexo de memória social, porque todas as outras entidades envolvidas no complexo de memória social não têm a "máquina de moer" e desejam apenas apoiar, respeitar e honrar você como um indivíduo único.
E você sente o mesmo em relação a todos ao seu redor. Pois você vê o sofrimento e a felicidade deles e todas as coisas que eles experimentam. Você vê seus desejos, sonhos e esperanças. E todas essas coisas aquecem seu coração e ensinam a você. E você, por sua vez, os ensina.
Portanto, existe uma atmosfera muito boa para ser você mesmo em um complexo de memória social. Nada se perde quando você ingressa em um complexo de memória social. Você simplesmente se concentra nos desejos que têm em comum e, como está atuando de um modo colaborativo, você se torna mais habilidoso e eficaz como parte de um grupo do que era sozinho.
No entanto, é nosso entendimento, por mais limitado que seja, que a essência de cada parte do Criador, quando reabsorvida, permaneça em potencialização à medida que o Criador respira e decide novamente se conhecer melhor.
E quando Ele envia partes de Si Mesmo novamente, há uma tendência natural de manifestar-se ou ser fragmentado no fluxo da alma de forma precisamente idêntico ao que você experimentou na oitava anterior.
Então, na verdade, você, como indivíduo, nunca se perde. Você simplesmente é envolvido no Criador após uma oitava completa de experiência.
Depois de vir do alfa para o ômega, você começa novamente, aprende novamente e deseja novamente, e os frutos disso são preservados para o Criador, para que Ele se conheça cada vez melhor.
(Q'uo - L/L Research - Outubro/2010)
