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O Mito Pessoal como Via para o Uno


Por L/L Research 


Perceba que a essência do mito é mover a entidade que busca, por sua própria fé e desejo de conhecer a verdade, sobre uma espécie de ponte de arco-íris, uma instância mágica de aliança que liga o tempo e a eternidade, o que é conhecido do que é mistério. 

Essa fé é o que torna firme a ponte entre o tempo e a eternidade, sendo que a fé é alimentada pelo desejo. Assim, o início da criação do mito pessoal parte de um desejo ardente, apaixonado e comprometido de saber a verdade, a verdade de quem você é, daquilo que você é constituído, de suas relações com a eternidade e a imperecibilidade. 

Como a mente é maleável e muito plástica, você precisa estar no comando de sua consciência ou será  arrastado por ela. Portanto, ao decidir criar uma mitologia pessoal, é bom primeiro agarrar as rédeas do desejo, da disciplina e da paixão, para afiar e aguçar a necessidade de saber com o desejo de compreender. 

Em suma, o que estamos dizendo é que o que você usa para fazer a ponte deve ser o produto do seu desejo. Então aquilo em que você tem uma fé imperecível virá até você, pois o conhecimento não tem nada a ver com a fé e, da mesma forma, dogma e doutrina são inimigos mortais da fé. Portanto, se você busca o Criador Uno com desejo puro e fé, seu caminho até Ele estará assegurado.

Viver uma vida de fé é simplesmente dizer: "Tenho fé que sou um sobrevivente, que estou nos braços gentis de um Criador bondoso, que o que está acontecendo comigo agora é o que deveria estar acontecendo para mim agora".

Aqueles que desejam polarizar-se no sentido de servir aos outros aumentam essa fé tentando ouvir os outros com atenção, para que saibam a melhor maneira de servir; não como agradar, mas como servir. 

O materialismo em sua cultura e a ética de trabalho em sua sociedade atenuam fortemente uma atitude apropriada para a criação de um mito pessoal. Pois, embora seja bom ter boa ética e bom comportamento moral, a ponte para a eternidade é feita quase que inteiramente das porções profundas e intuitivas da mente: os sentimentos, as emoções e a inspiração.

Veja, sem a ponte para a eternidade, cada entidade fica presa no lamaçal do tempo e do espaço. As coisas vão continuar e continuar, uma estrada que nunca termina. Esta é uma imagem irreal da realidade, mas uma imagem verdadeira da ilusão em que você se encontra neste momento. 

A chave para formar uma mitologia pessoal, então, é descobrir aquilo em que você pode ter fé; isto é, não crença, mas simplesmente fé. Não é fé em nada ou ninguém, talvez, mas apenas uma fé na bondade geral do Criador Infinito Uno e de sua própria preferência para servir aos outros, para polarizar em direção ao positivo, em vez de servir a si mesmo e controlar os outros, seguindo o caminho negativo.

Então, como alguém cria um mito pessoal? Começa, como a maioria das coisas, com o processo de vir a se conhecer bem, a sentir os anseios, as frustrações, os pontos fortes e fracos de si mesmo. Vindo a descobrir o que o eu realmente deseja, então aguçando esse desejo e tornando-se apaixonado pelo desejo de saber a verdade do Ser Infinito e seu relacionamento com o Criador Infinito.

Depois de determinar o que cria a ponte para a eternidade para você, recomendamos que atravesse essa ponte com a maior freqüência possível. O ideal mostrado por muitos é viver de tal forma que toda a experiência de vida se torne uma canalização, uma parábola da jornada ao infinito, de se livrar da escória da perecibilidade e a conquista do entendimento que sua consciência, cada vez mais refinada, polarizada e elevada, é de fato imperecível e é seu verdadeiro eu. 

Quanto mais tempo alguém passa cruzando a ponte do arco-íris para a eternidade enquanto está no corpo físico, mais ele é capaz de oferecer em consolação, em perdão, em fazer a paz. 

Para quem tem fé, não há problema grande demais para ser resolvido, e o que não tem solução é aceitável. Cada dia e cada noite é sua própria eternidade, apreciada por si mesma, vivenciada por si mesma em ação realizada por amor e por fé. Esta é a vida na fé.

Alguns indivíduos aspiram um mito muito simples de natureza pessoal, e aqueles do chamado movimento da Nova Era demonstram a natureza simplista do caminho para o infinito. É, entretanto, um caminho difícil de permanecer, pois a natureza da ilusão é desafiar e testar a entidade em crescimento repetidas vezes. 

Aqueles que sentem que não há nada além de amor e luz podem ficar muito angustiados e confusos com o que acontece na experiência de vida, que pode ser chamada de traumática ou devastadora. O impulso é remover a fé e substituí-la pela raiva. Evite tais impulsos, pois o Criador não é simplista. 

O Criador e você, juntos, planejaram com muito cuidado os tipos de lições de amor que você deve tentar aprender nesta experiência de vida. Vivenciá-las como uma entidade materialista que vive e morre talvez seja quase sempre permanecer adormecido para as possibilidades do desafio.

Enfrentar cada problema, dificuldade e desafio com fé confiante e serena certeza naquela ponte é distanciar-se do tempo e do espaço e, com esse ponto de vista mais amplo, contemplar a experiência e escolher a reação que o herói teria. Pois esta é a essência do mito. 

O herói, seja o Cristo conhecido como Jesus, o Cristo conhecido como Buda, o Cristo conhecido como Lao Tsu ou o Cristo conhecido como Zoroastro, faz muito pouca diferença se alguém for místico em sua fé e não literal. 

A grande dificuldade com todos os sistemas religiosos estabelecidos é que eles se tornaram combativos, materialistas e um artefato do mundo e da cultura em que você vive. Muitos são os padres de todas as religiões que tentam, com cada fibra do ser, recuperar as parábolas, a mitologia, a história que inicialmente deu início ao movimento espiritual.

No entanto, os elementos divisivos e competitivos dentro da natureza da humanidade e das suas crenças criam uma série de cismas, divisões, desacordos e retrocesso da unidade para a discórdia. Assim, muitos optam por não frequentar o sistema espiritual estabelecido de mitos para o culto público. 

Existe, entretanto, uma necessidade instintiva de adoração em grupo. Há uma necessidade de se reunir como filhos do Criador Infinito para adorar, oferecer louvor e gratidão e pedir bênçãos. Assim, há encontros de muitos outros tipos que auxiliam o buscador na criação de sua própria história. 

O mito pessoal é o do herói ou da heroína que deve seguir uma jornada muito difícil e desafiadora. Durante esta jornada, esta entidade perderá tudo o que possui, mas com a ajuda do Criador Infinito, de uma forma ou de outra, aquilo que foi perdido milagrosamente revive e se torna imperecível. Esta é a parábola ou história básica do herói.

Vejamos o mito convincente do Santo Graal. Talvez tenha conquistado a imaginação dos místicos de maneira mais direta do que qualquer sistema espiritual, pois envolve entidades em um mito que é aventureiro. O herói deve seguir sozinho. Deve passar por testes impossíveis. Deve trazer de volta o que não está disponível, aparentemente, e deve fazê-lo por amor do Criador Infinito. 

É claro que é na própria jornada que ocorre a transformação do herói. Quando o herói retorna, então, torna-se o professor, capaz de falar em parábolas, histórias e anedotas que podem fazer sentido para aqueles que o cercam.

Qual é a sua história? Você já se viu como um herói ou uma heroína? Você aprendeu a amar a si mesmo e percebeu a si mesmo como abençoado e sagrado e se tornou capaz de esvaziar o ser daquelas coisas que são materialistas, gananciosas, ilusórias e mundanas? 

O herói deve perder grande parte da bagagem emocional e mental, deve desaprender os preconceitos de dor e sofrimento encontrados nas experiências da infância e também nas experiências dos adultos, para então encontrar o perdão, e seja visto como consciência, o que em essência é sagrado. Assim, seguindo com fé na jornada metafísica do peregrino, partimos para o Santo Graal, o sonho impossível. 

Portanto, quer o mito pessoal se combine bem com os sistemas espirituais tradicionais, quer o mito pessoal tenha sido criado pelo eu, a entidade precisa se ver como um verdadeiro herói, aquele que deseja servir, se sacrificar e aprender. Com o coração aberto, com o intelecto disciplinado, o viajante começa a aprender a sentir os sentimentos naturais da consciência.

O sentimento que mais esperamos encorajá-lo é a emoção de adoração, ação de graças ou louvor. Pois o Criador Infinito, o Imperecível, é de fato o Provedor de tudo, Fonte de tudo e Ômega de tudo. Todos vocês são, de fato, uma parte do Criador Infinito. 

E quando o seu mito pessoal, sua jornada pessoal tiver sido suficientemente refinada (e não estamos nesse estado ainda, de forma alguma) você um dia reunirá essa consciência em sua pureza, tendo queimado todas as impurezas da ilusão, e se moverá mais uma vez no amor incriado do Criador Infinito Uno.

Em suma, encorajamos você a fazer duas coisas: Em primeiro lugar, perceber a importância central de viver uma vida que aponta para a imperecibilidade no dia a dia. Desta forma, o peregrino descobrirá lentamente seu poder, sua força e seu serviço. 

Em segundo lugar, desejamos encorajar cada pai a permitir que os filhos assistam a um período de culto ativo diariamente em casa, para aqueles que não frequentam os locais de culto tradicionais. E para aqueles que frequentam os locais tradicionais de adoração, que haja a prática diária dessa forma particular de adoração dentro do ambiente doméstico. 

De qualquer forma, para o espírito jovem, a sensação da presença do Criador Infinito Uno estimulada firmemente no subconsciente durante a infância é levado para toda a experiência de vida. Este é um grande presente para dar aos seus filhos. Exige disciplina por parte dos pais, pois é difícil fazer qualquer coisa diariamente. 

Também estamos cientes de sua ética de trabalho. Estamos cientes de sua ocupação. Pedimos que você reserve um tempo para adorar a cada dia, pisando no solo sagrado que está sob seus pés, onde quer que você esteja, pois dentro de você há santidade. Incentive-se em sua peregrinação e ame-se. 

E embora você não precise acreditar em Jesus Cristo, Buda ou quem quer que seja, pedimos que você tenha uma consciência de fé e viva uma vida de fé para criar aquilo que você nasceu para ser - uma peça viva na tonalidade fulgurante do amor infinito .

Nós somos os de Q'uo e deixamos cada um neste momento no amor e na luz do Criador Infinito Uno. Adonai, meus amigos. Adonai.

(L/L Research Library Newsletters - Outono de 1989)




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